Coluna Diário Econômico/Aldo Paes Barreto –
De aldeia a município
Com exceção das vantagens obtidas pelos políticos de carreira, a criação de
novos municípios é onerosa para o contribuinte e desvantajosa para o Estado.
Somente em Pernambuco existem 22 municípios na fila da emancipação, embora a
maioria não tenha a mínima condição de caminhar com recursos próprios. Cada um
consumiria cerca de R$ 20 milhões anuais, em despesas orçamentárias, sem falar
nos empregos destinados aos parentes e aderentes.
Como toda regra tem exceção, há em Pernambuco uma região que teria a ganhar e muito a oferecer, caso transformada em município. Trata-se da região de Aldeia, no Grande Recife, que atravessa sete municípios, mas não é de ninguém. Embora ocupe área de rigorosa preservação ambiental, por estar assentada em nascente de vários cursos d’água, fonte do lençol freático que abastece outras cidades, Aldeia não recebe os devidos cuidados do poder público, em qualquer das três esferas. Não há interesse político. Boa parte dos seus moradores é formada por eleitores do Recife. Nem por isso eles deixam de pagar suas obrigações tributárias ou de movimentar a incipiente economia.
É, porém, por outro aspecto que Aldeia se destaca. Na consciência de preservação ambiental da maioria dos seus moradores. Provavelmente, a maior concentração de entidades e de pessoas seriamente preocupadas com o meio ambiente, com o futuro de toda a região. Só por isso, Aldeia deveria ser município independente. Teria bem mais condições do que as duas dezenas de distritos pernambucanos que buscam, através de representações políticas, o direito à emancipação. Há ainda entraves aos projetos, mas deveria existir dois mandamentos para todos: primeiro, não roubar; segundo residir permanentemente no novo município. Pelo menos neste quesito, em Aldeia não faltariam candidatos.
(Agradecendo a Tatiana Portela o envio da matéria).
Como toda regra tem exceção, há em Pernambuco uma região que teria a ganhar e muito a oferecer, caso transformada em município. Trata-se da região de Aldeia, no Grande Recife, que atravessa sete municípios, mas não é de ninguém. Embora ocupe área de rigorosa preservação ambiental, por estar assentada em nascente de vários cursos d’água, fonte do lençol freático que abastece outras cidades, Aldeia não recebe os devidos cuidados do poder público, em qualquer das três esferas. Não há interesse político. Boa parte dos seus moradores é formada por eleitores do Recife. Nem por isso eles deixam de pagar suas obrigações tributárias ou de movimentar a incipiente economia.
É, porém, por outro aspecto que Aldeia se destaca. Na consciência de preservação ambiental da maioria dos seus moradores. Provavelmente, a maior concentração de entidades e de pessoas seriamente preocupadas com o meio ambiente, com o futuro de toda a região. Só por isso, Aldeia deveria ser município independente. Teria bem mais condições do que as duas dezenas de distritos pernambucanos que buscam, através de representações políticas, o direito à emancipação. Há ainda entraves aos projetos, mas deveria existir dois mandamentos para todos: primeiro, não roubar; segundo residir permanentemente no novo município. Pelo menos neste quesito, em Aldeia não faltariam candidatos.
(Agradecendo a Tatiana Portela o envio da matéria).
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