ALDEIA – CAMINHÕES NÃO TRAFEGAM MAIS
As termoelétricas instaladas em Aldeia começaram a cumprir
o que determinou a Agência de Meio Ambiente (CPRH), mudaram o roteiro do
tráfego os caminhões tanques que abastecem as indústrias de energia, uma das
cinco exigências feitas pelo órgão estadual para tentar solucionar uma das
queixas dos moradores do entorno do empreendimento.
A Folha flagrou, ontem, veículos transitando pela PE 41,
em Igarassu, vindos pela BR101 Norte. Antes o percurso era feito pela área
urbana de Aldeia, pela PE 27, trazendo risco para quem dividia o mesmo espaço
com os veículos cheios de óleo combustível, produto inflamável.
As demais exigências da CPHR serão cumpridas por etapas,
a próxima se dará na sexta-feira, quando as empresas têm que apresentar um
plano de ações minimizadoras do barulho provocado pelas unidades; contratação
de uma empresa para realizar estudos de impacto sonoro nos aglomerados próximos
às usinas; e definição de ações sociais junto a essas populações. Elas também
terão que ouvir as queixas dos moradores prejudicados; e por fim apresentar
amostras de emissões de poluentes e a quem eles estão atingindo, caso existam.
O desvio dos caminhões pela PE 27, conhecida como Estrada
de Aldeia, já foi percebido pelo Fórum Socioambiental, que luta pelo restabelecimento
da tranquilidade na área. O engenheiro Herbert Tejo, integrante do Fórum,
confirmou que desde segunda, eles não estão passando no local.
A batalha, agora, é esperar pelas ações para reduzir a
poluição sonora no entorno das usinas. Segundo depoimento de moradores o som
produzidos pelas termoelétricas chega no raio de 12 quilômetros. Uma das
moradoras da comunidade Engenho Novo, em Abreu e Lima, na RMR, Mauricéia da
Silva, 43 anos, os móveis de sua casa, distante quase quatro quilômetros, mudam
de lugar, quando as termos estão em pleno funcionamento, como no final de
semana passado.
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