quinta-feira, 1 de maio de 2014

Arco Viário - Aí Tem Coisa

O FÓRUM vem insistentemente desafiando o Governo do Estado e mais recentemente o DNIT, que assumiu a obra do Arco Viário, para que apresentem o que há de “velado” na motivação em persistir na defesa do trajeto que corta a APA Aldeia-Beberibe.

O DNIT que, de forma intransigente defende o trajeto que provocará destruição irreparável em nossas matas, tenta justificar seu intento através de dois frágeis argumentos:

1. Abreviar a execução da obra.
2. Reduzir custos, uma vez que o trajeto que contorna a APA é 20km mais longo.

O primeiro não se sustenta, é falso, pois a própria atitude do DNIT de isolamento na defesa de seu traçado é hoje o que se apresenta como entrave à obra, retardando sua execução. O segundo tampouco se sustenta, por não ter sido apresentado nenhum estudo comparativo de custo; aliás, considerando que o trajeto alternativo que contorna a APA trata-se de duplicar uma rodovia já existente (PE 041) numa extensão de pelo menos 25 Km, isto resultaria  em redução de área de construção e de desapropriação.


Surge então uma pista para desvendar o mistério de tamanho interesse no tal trajeto fatídico para nosso meio ambiente: em 19/04/2014, o Caderno de Economia do Jornal do Commercio publicou uma matéria assinada pela jornalista Ângela Fernanda Belfort, onde se lê:

USINAS ENFRENTAM CRISE ABANDONANDO O AÇÚCAR PARA "VENDER TERRENOS".

Nos últimos cinco anos, pelo menos cinco usinas pernambucanas passaram a atuar na área imobiliária.

Uma dessas empresas revela:

Para a empresa, a vantagem econômica é grande. A área cultivada com cana-de-açúcar se mede em HECTARE, enquanto as terras comercializadas para empreendimentos urbanos são vendidas em METRO QUADRADO.

“Se não fosse a Fiat, essa futura ocupação poderia levar de 40 a 50 anos”, revela.”


Reproduzimos o link para a matéria completa:

http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/pernambuco/noticia/2014/04/19/usinas-enfrentam-crise-abandonando-o-acucar-para-vender-terrenos-125560.php

Um comentário:

  1. Que artigo formidável! Consolida a minha impressão de que se trata mais propriamente de um Arco Imobiliário do que de um Arco Viário...
    Marcos Sampaio

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