terça-feira, 26 de novembro de 2013

Ação Integrada da Cidadania em Aldeia



O Fórum participou ativamente do evento “Ação Integrada da Cidadania em Aldeia”, realizado sábado passado (23/11/2013) no campus da Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP), no início da estrada de Aldeia.
 O evento foi promovido pela Secretaria Estadual de Articulação Social (SEART), com apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Tribunal Regional eleitoral (TRE/PE), do Ministério Público Estadual (MPPE), da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) e do Fórum Socioambiental de Aldeia.
As palestras, realizadas no auditório FOP e em uma das salas do prédio da faculdade, focalizaram temas que afetam Aldeia e tem sido objeto de atuação do Fórum.
A palestra do Workshop 3 ficou a cargo do Dr. Assis Lacerda,  analista ambiental da CPRH, intitulada  “A Realidade dos nossos rios: Capibaribe, Beberibe e Pacas”.
Segundo relato do engenheiro Marcos Sampaio, membro do Fórum, a palestra do Sr. Assis Lacerda foi realista: as leis ambientais são, em geral, impraticáveis, pois afrontam interesses econômicos. Mostrou slides sobre o curso do rio Capibaribe, que está sendo dragado, já muito alterado. Segundo ele não há como revitalizar as margens desse rio, que corre entre construções.
Citou o Sr. Braga que, tendo conseguido financiamento da Petrobrás para reflorestar as margens da Represa de Tapacurá – como manda a lei – não conseguiu plantar árvores, pois os proprietários se opuseram. Ou seja, a principal fonte de abastecimento d’água do Recife não tem a preservação ambiental que os cientistas e a lei apontam como necessária.
Se nem a principal fonte de abastecimento está preservada, como esperar preservação ambiental em outras áreas da Região Metropolitana?
 Pode-se entender que o Poder Público tem tolerado a devastação em Aldeia, não tomando medidas para impor a farta legislação, Federal, Estadual e Municipal, que determina a preservação das águas em Aldeia, notadamente nas nascentes do Beberibe.
O representante da CPRH recomendou que procurássemos apoio popular e político, se desejamos mesmo preservar Aldeia.
No debate que se seguiu nosso colega Marcos argumentou que, sem impor a lei, o roubo também se torna atividade econômica atraente, ou seja, argumentou que a lei deve guiar a economia e não o contrário.
O Sr. Eduardo Elvino Sales, da COMPESA, prontificou-se a esclarecer a situação de despejo de esgoto do Conjunto Habitacional Novo Redentor no leito do Rio das Pacas.
No mesmo Workshop, depois do debate sobre a preservação de rios e nascentes, a professora Cecília Costa fez uma exposição sobre o aproveitamento da água da chuva e sobre como aproveitar as “águas cinzas”, que resultam da máquina de lavar, das pias etc.


Às 10:30 ocorreu a palestra “A Unidade de Conservação APA Aldeia/Beberibe”, ministrada pela Dra. Joice Brito, analista ambiental da CPRH/SEMAS e gestora da APA (Área de Proteção Ambiental) Aldeia Beberibe.
A palestrante caracterizou a situação atual da APA, utilizando mapas e outros dados, como também informações do Plano de Manejo da APA, recentemente aprovado pela CPRH.
 Segundo ela, algumas entidades ainda não indicaram representantes para o Conselho Gestor da APA, apesar de solicitações formais entregues pessoalmente por ela às entidades omissas.  Este fato tem dificultado a atuação do Conselho. Foi sugerido, na ocasião, visitas (às entidades em falta) pela gestora, acompanhada de membros do Conselho Gestor.

(continua em uma próxima postagem)

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