O Fórum recebeu, na produtiva reunião de hoje, 19 de março de 2013, a importante visita do dr.
Carlos André Cavalcanti, Diretor de Biodiversidade da CPRH.
Arco Viário
Herbert Tejo Pereira, autor da peça que contesta a
EIA-Rima (v. nossa pág. “Arco Viário”), relembrou, em assembleia, a fragilidade
dos argumentos da CPRH no que diz respeito à autorização do projeto escolhido
para localização do Arco Viário Metropolitano, com sacrifício de parte da
reserva florestal pertencente à APA Aldeia-Beberibe. Reafirmou, perante o
Diretor de Biodiversidade, que o Fórum não contesta a construção do Arco Viário,
porque sabe da sua necessidade; apenas considera injustificável a aprovação do projeto cujo traçado passa por dentro da área de proteção ambiental, quando existe outra
opção mais viável (e que aumenta a rodovia em apenas 20 km).
Usina Termoelétrica
Herbert fala ao Fórum |
Também foi levantada a questão da usina termoelétrica,
cuja poluição sonora atinge um raio de 12 km ao seu redor. Esta usina foi
instalada em área próxima à Barragem de Botafogo, sem que houvesse um estudo aprofundado da CPRH quanto ao nível de ruído e emissão de gases. São
mais de 500 motores funcionando simultaneamente, sem qualquer proteção sonora,
consumindo 1 milhão e meio de litros de óleo diesel por dia. E outra usina já está sendo construída no local (são previstas três).
Falamos da poluição sonora mas não sabemos ainda o quanto de materiais poluentes está sendo lançado na atmosfera.
Lembrou Wilton
Jansen que, na visita feita pelo Fórum à referida usina, foi visto que as
portas de vedação estavam danificadas, lembrando Herbert que é de fazer dó a
situação dos moradores do entorno. Uma omissão do governo realmente
inaceitável.
Wilton também salientou que, enquanto nosso governo quer
implantar em Suape a maior usina termoelétrica do Brasil, o noticiário nos
mostra a não aceitação de outros Estados brasileiros quanto à instalação em seus territórios desse tipo de usina, por se tratar de fonte
poluente de energia.
Hilton Losant falou com otimismo sobre a luta do Fórum e
os mecanismos que podemos lançar mão para que o projeto do Arco Viário seja
modificado, deixando de destruir este maior fragmento de Mata Atlântica do Nordeste.
Diálogo franco
Diálogo franco
Depois de ouvir os membros do Fórum, o Diretor Carlos
André falou em assembleia de forma muito franca e aberta, ressaltando o fato de ser esta a primeira
vez em que um diretor da CPRH comparece ao Fórum, para discutir conosco os
problemas ambientais. Afirmou que as palavras de Herbert tiveram uma boa
repercussão, por seus argumentos consistentes, e que, como nós, do Fórum, ele
também acha que há necessidade de valorizar os recursos naturais. Mostrou-se
favorável à realização de uma terceira audiência pública para discutirmos a
questão do Arco Viário, comprometendo-se a trabalhar por ela.
Com relação ao plano de manejo da APA Aldeia-Beberibe, Carlos
André assegurou ao Fórum estarmos perto
da conclusão, que sairá provavelmente nestes próximos quinze dias. Quanto à
morte do Rio Pacas, considera um assunto que precisa ser tratado com urgência.
Finalmente, o Diretor de Biodiversidade reconheceu a força
social do Fórum e mostrou-se sensível à nossa argumentação, reafirmando o seu compromisso de trabalhar para que possamos marcar uma nova audiência pública em Aldeia, possivelmente entre os dias 2 a 5 do mês de abril próximo, a fim de discutirmos o projeto polêmico do Arco Viário.
Presenças
Ferreirinha e o radialista Jonas Silva |
Destacamos, na reunião de hoje, a presença do repórter radialista
Jonas Silva, representando a Rádio Camará (98.5 MHz) de Camaragibe, e a presença de dois representantes do “Arte de Viver”, grupo que oferece cursos
de respiração e meditação.
Encerrando a reunião, Ferreirinha agradeceu a boa vontade
do Diretor Carlos André em vir até o Fórum, destacando a forma transparente com
que se expressou para a assembleia. E reafirmou a certeza de que vamos vencer todos os desafios.
Sem dúvida, o que todos esperamos é que haja maior bom senso dos órgãos públicos e autoridades envolvidas no que pertine a megaprojetos agressivos ao meio ambiente.
A história vem mostrando o quanto os ecossistemas são sensíveis às intervenções do homem. A preservação dos fragmentos que restam da nossa Mata Atlântica deveria ser ponto de honra dos nossos governos.
Sem dúvida, o que todos esperamos é que haja maior bom senso dos órgãos públicos e autoridades envolvidas no que pertine a megaprojetos agressivos ao meio ambiente.
A história vem mostrando o quanto os ecossistemas são sensíveis às intervenções do homem. A preservação dos fragmentos que restam da nossa Mata Atlântica deveria ser ponto de honra dos nossos governos.
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